PENSAMENTO DO DIA


SUCESSO é NÃO QUERER FAZER e TER que FAZER!
SUCESSO é FAZER ALGO no DIA e na HORA em que VOCÊ MENOS GOSTARIA de FAZER.

(Marco Aurélio F. Viana).


terça-feira, 22 de maio de 2012

NOSSAS ESCOLHAS






E o que é que ela (e) vê nele (a)? 
Nossos amigos se interrogam sobre nossas escolhas, e nós fazemos o mesmo em relação às escolhas deles. O que é, caramba, que aquele Fulano tem de especial? 
E qual será o encanto secreto da Beltrana?

Vou contar o que ela (e) vê nele (a): 
Ela (e) vê tudo o que não conseguiu ver no próprio pai, ela (e) vê uma serenidade rara e isso é mais importante do que o Porsche que ele (a) não tem.
Ela (e) vê que ele (a) se emociona com pequenos gestos e se revolta com injustiças, ela (e) vê uma pinta no ombro esquerdo que estranhamente ninguém repara, ela (e) vê que ele (a) faz tudo para que ela (e) fique contente, ela (e) vê que os olhos dele (a) franzem na hora de ler um livro e mesmo assim o (a) teimoso (a) não procura um oftalmologista, ela (e) vê que ele (a) erra, mas quando acerta, acerta em cheio, que ele (a) parece um lorde numa mesa de restaurante mas é desajeitado (a) pra se vestir.
Ela  (e) vê que ele (a) não dá a mínima para comportamentos padrões, ela (e) vê que ele (a) é um sonhador (a) incorrigível, ela (e) o (a) vê chorando, ela (e) o (a) vê nu (a), ela (e) o (a) vê no que ele (a) tem de invisível para todos os outros (as).

Agora vou contar o que ele (a) vê nela (e): 
Ele (a) vê, sim, que o corpo dela (e) não é nem de longe parecido com o das (os) modelos , mas vê que ela (e) tem uma coxa roliça e uma boca que sorri mais para um lado do que para o outro, e vê que ela (e), do jeito que é, preenche todas as suas carências do passado, e vê que ela (e) precisa dele (a) e isso o (a) faz sentir importante, e vê que ela (e) até hoje não aprendeu a fazer um rabo-de-cavalo decente, mas faz um cafuné que deveria ser patenteado, e vê que ela (e) boceja só de pensar na palavra bocejo e que faz parecer que é sempre primavera, de tanto que gosta de flores em casa, e ele (a) vê que ela (e) é tão insegura (o) quanto ele (a) e é humana (o) como todos, vê que ela (e) é livre e poderia estar com qualquer outra pessoa, mas é ao seu lado que está, e vê que ela (e) se preocupa quando ele (a) chega tarde e não se preocupa se ele (a) não diz que a (o) ama de 10 em 10 minutos, e por isso ele (a) a (o) ama mesmo que ninguém entenda.







(Martha Medeiros).

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